Read Journal Culture about Sarah Maldoror
After passing through the Palais de Tokyo, in Paris, and Torreão Nascente of Cordoaria Nacional in Lisbon, the exhibition “Sarah Maldoror: Tricontinental Cinema” that arrived in Luanda proposes and offers a wandering through a landscape – in fact, here, a landscape of films – mixing animated images, documents, correspondence, photographs and poetry. A space will be dedicated especially to the connection that the filmmaker established with Angola through the testimony of two emblematic personalities of this country, the writer Luandino Vieira and, above all, the intellectual and politician Mário Pinto de Andrade, her lifelong companion.
On the margins of the exhibition a series of activities had taken place such as two masters classes: the first on Art curatorship and the second on how to film popular festivals, at the Instituto Camões Centro Cultural Português and at the BAI Academy, respectively; a round table on the filmmaker’s cinematographic legacy for future generations, at the Instituto Camões Centro Cultural Português and, in general, there will be continuous film sessions, including targeted visits for children and teenagers, during the month of May, transforming the Iron Palace and the other places that host the different events into places in the city that will be interesting to visit.
With more than 45 films, of all genres and lengths, to which one can add as many other projects that she was unable to bring to a successful conclusion. None of her films completely obey the laws of film genre – documentary, fiction, portrait, landscape, among others -, but they are all similar in the care they show in putting poetry before discourse, in fighting prejudice and racism, and in never sacrificing the daily experience of people’s lives for the sake of ideas, an ethic that she herself embodied until her death in the spring of 2020.
Works by Angolan artists such as Ana Silva, Francisco Vandúnem (VAN) and Francisco Vidal are also part of the sample, and they, in a way, are invited to dialogue with Sarah Maldoror’s films. But that’s not all: a series of masks from different ethnolinguistic and cultural Angolan groups and carnival artifacts and accessories, from the oldest to the most recent, were exhibited in aesthetic and interpretative resonance with phases of the life of
Sarah Maldoror, in which she became interested in these material productions and reflected on them in her films.
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Pela primeira vez em África, o trabalho da cineasta francesa Sarah Maldoror será apresentado numa grandeexposição no Palácio de Ferro, em Luanda, com abertura marcada para o dia 28 de Abril de 2023.
Denominada “Sarah Maldoror: Cinema Tricontinental” com curadoria de François Piron e Annouchka de Andrade, a exposição é uma iniciativa da “Associação de Amigos de Sarah Maldoror & Mário de Andrade“ com o apoio do Ministério da Cultura e Turismo e da Embaixada de França. A exposição celebra e reconhece um ícone que foi pioneira em apresentar na cena internacional a luta do povo angolano pela sua independência usando o Cinema como uma arma.
Depois de passar pelo Palais de Tokyo, em Paris, e Torreão Nascente da Cordoaria Nacional em Lisboa, a exposição “Sarah Maldoror: Cinema Tricontinental” que agora chega a Luanda propõe e oferece uma deambulação numa paisagem – com efeito, aqui, uma paisagem de filmes – misturando imagens animadas, documentos, correspondências, fotografias e poesia. Um espaço será dedicado especialmente à ligação que a cineasta estabelecia com Angola através do testemunho de duas personalidades emblemáticas deste país, o escritor Luandino Vieira e, sobretudo, o intelectual e político Mário Pinto de Andrade, seu companheiro de toda avida.
À margem da exposição serão realizadas uma série de actividades como duas masters classes: a primeira sobrecuradoria de Arte e a segunda sobre como filmar festas populares, no Instituto Camões Centro Cultural Portuguêse na Academia BAI, respectivamente; uma mesa redonda sobre o legado cinematográfico da cineasta para asfuturas gerações, no Instituto Camões Centro Cultural Português e, de um modo geral, se realizarão sessõescontínuas de cinema, incluindo visitas dirigidas para crianças e adolescentes, durante o mês de Maio, transformando o Palácio de Ferro e os outros lugares que acolhem os diferentes eventos em lugares da cidade que interessará visitar.
Com mais de de 45 filmes, de todos os géneros e durações, aos quais se podem acrescentar outros tantos projetos que não foi capaz de levar a bom termo. Nenhum dos seus filmes obedece completamente às leis do género cinematográfico – documentário, ficção, retrato, paisagem, entre outros –, mas todos eles se assemelham no cuidado que demonstram em colocar a poesia à frente do discurso, em combater o preconceito e o racismo e em nunca sacrificar a experiência quotidiana da vida das pessoas em prol das ideias, numa ética que a própriaencarnou até à sua morte, na primavera de 2020.
Obras de artistas angolanos como Ana Silva, Francisco Vandúnem (VAN) e Francisco Vidal também fazem parte da amostra e elas , de certa forma, são convidadas a dialogar com os filmes de Sarah Maldoror. Mas, isso não é tudo: uma série de máscaras de diferentes grupos etnolingüisticos e culturais angolanos e artefactos eacessórios de carnaval, desde os mais antigos até aos mais recentes, particularmente, do grupo União Recreativo do Kilamba serão expostos em ressonância estética e interpretativa com fases da vida de Sarah Maldoror, em que ela interessou-se por estas produções materiais e refletiu sobre elas, nos seus filmes.
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